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Destas, cerca de 29,3% correspondem a queimaduras por bife na chapa

De janeiro a maio de 2017 foram internados no setor de tratamento de queimaduras da Santa Casa de Campo Grande 75 pacientes. Deste número, 22 casos envolviam bife na chapa e 16 estavam relacionados com trauma térmico por líquido quente. No ano passado, a ala de queimaduras atendeu no total 154 pacientes, sendo 38 mulheres, 64 homens e 52 crianças, com 39 casos de uso inadequado de álcool em bife na chapa, segundo assessoria de imprensa.

Dentre as tentativas de diminuir o número de vítimas que lotam o setor de queimaduras dos hospitais brasileiros encontra-se a medida da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de 29 de janeiro de 2013, que suspendeu a comercialização do álcool vendido separadamente nos postos de gasolina e o líquido, acima de 54º GL, em todo país. A resolução não proibiu a venda de álcool em gel, embalagens menores de álcool líquido e produtos para fins hospitalares e industriais.

O uso de álcool combustível na preparação do prato contribui para o índice de acidentes com fogo por bife na chapa. Os casos são mais comuns quando acompanhados do descuido e, geralmente, do consumo de bebida alcoólica, de acordo com o oficial Medrado do Corpo de Bombeiros. Ele aponta que os equipamentos, muitas vezes caseiros, não possuem medidas de segurança que evitem acidentes, recomendando o uso de carvão. “Se o carvão derramar ou cair, possivelmente, irá fazer uma queimadura de primeiro ou segundo grau e a pessoa irá se afastar dessa fonte de calor, diferente de quando derrama o álcool em chama sobre uma vítima”, esclarece.

Como proceder?
O oficial afirma que o primeiro passo que deve ser tomado quando uma pessoa se encontra nessa situação é deitar no chão com o intuito de abafar o fogo, jogar água ou usar de um cobertor, toalha ou jaqueta para cortar o suprimento de oxigênio, um dos elementos que mantém a combustão. Medrado lembra da importância de procurar ajuda médica e nunca jogar nenhum tipo de produto químico ou medicamento sobre o ferimento sem que para isso tenha orientação do médico. “A única recomendação é que se utilize água corrente para aliviar a dor e não esquecer de procurar atendimento médico”.

Em caso de emergência, ligue para o Corpo de Bombeiros (193) e aguarde atendimento médico.