A fofoca que se fala

Postado por: Lucas Toledo

Desde os primórdios o meio de comunicação verbal e não verbal é uma forma de sociabilização e interação, portanto a fofoca como meio de intriga é bem mais antiga que imaginamos. A fofoca é um mal, para alguns divertimento sem importância, mas que é altamente destrutiva. Passar informação é uma ação comum, mas em algumas circunstancias ignoramos o outro e não medimos as conseqüências das nossas palavras, podendo ocasionar a difamação e inveja. A Intriga por vezes esta intrínseca a fofoca, Shakespeare escreveu “Mesmo que sejas tão puro quanto a neve, não escaparás a calunia”. O mecanismo da fofoca pode ser avaliado por uma experiência sublimar que em psicologia é um estimulo que não suficientemente intenso para que o indivíduo tome consciência dele, mas que, repetido, atua no sentido de alcançar um efeito desejado. Na Fofoca esquecemos as qualidades boas da pessoa e exaltamos as más onde esta a fofoca encontra-se intriga e fuxico. Numa pesquisa realizada nas Universidades Americanas conclui-se que os homens são tão fofoqueiros quanto às mulheres. É importante ressaltar o fato que se por um lado a fofoca pode ser negativa e destruir reputações, por outro é um instrumento poderoso para entender o ambiente que se vive e adaptar-se a ele. A origem da percepção de que a fofoca é apenas da natureza feminina é uma herança dos tempos em que às mulheres não trabalhavam e hoje a fofoca não conhece gênero. Acabamos abstraindo de nossas vidas, deixamos nossos próprios problemas e passamos a viver o problemas dos outros, olhar para si muitas vezes é frustrar-se com que se vê, admitir que precisa mudar. Mas isso é muito difícil, muito penoso. Dessa forma, olho para o outro, julgo o outro, avalio, critico e com isso me escondo. Mas o fofoqueiro não tem boa reputação, em geral o mundo laico condena a fofoca, pois essa é uma ameaça à saúde tanto familiar quanto de uma organização empresarial, ela diminui a moral e desperdiça o tempo dos funcionários. Muita gente faz fofocas maldosas pelo simples desejo de prejudicar os outros ou por um inexplicável prazer. Às vezes a fazem por gostar do sentimento de superioridade, presunção, vingança ou satisfação da desgraça alheia. Portanto, fique longe das fofocas e olhe para o seu interior e ressignifique seus próprios conflitos.

Adriana Camargo do Nascimento
Psicóloga Clínica – (67) 9232-8742